O Natal chegou!

Olá Amiguinhos!

Poucos dias para o Natal, poucos dias para o encerramento do ano de 2014. Eu sempre acho que é uma excelente época para repensarmos nossas atitudes, revermos nossos trajetos e avaliarmos aquilo que foi bom ou ruim. É claro, podemos fazer isso em qualquer outra época do ano, mas sempre acho que essa época propicia isso.

Sächsische Tour - Meißen

A Saxônia (Sachsen) é um dos estados da Alemanha. Sua capital é Dresden, que é onde eu estou morando e estudando. Ao me matricular na universidade eu recebi o Semesterticket, que permite que eu ande com os trens regionais da Saxônia e também dentro da cidade de Dresden. Por este motivo, resolvi fazer um tour pelo estado e conhecer algumas das cidades que compõem ele, como Leipzig, Meißen, Chemnitz, Freiberg etc. Provavelmente contarei esporadicamente sobre cada uma das cidades que visitarei.

Bom, hoje venho contar a vocês da primeira cidade: Meißen (se lê Meissen!). Ela fica a noroeste de Dresden e por ela também passa o rio Elbe. Junto dos meus “cabros” amigos chilenos, fomos visitar então a cidade. Ela é bem conhecida pelos trabalhos de porcelana e também por ser o “berço da Saxônia”. O castelo Albrechtsburg foi construído de 1471 a 1524 e foi o primeiro castelo dos países em que se fala alemão. Hoje funciona nele um museu a qual visitamos. Ele conta um pouco da história da cidade, do museu, dos grandes que ali moraram. Ele fica numa área um pouco mais elevada da cidade, como se fosse um morrinho. Isso nos deu uma vista super legal do rio e da cidade, apesar de sofrermos um pouco para subirmos as escadas, pois não sabíamos da existência do elevador. Andamos bastante nessa história toda e estava bem frio no dia: creio que foi o primeiro dia de temperaturas negativas na região! Além disso, ventava muito, o que deixou a situação pior ainda! Era tão frio que entramos em um café para tomarmos algo quente e ganhar forças. Mas nada estragou a nossa excursão e os nossos momentos de diversão.

Meißen também conta com uma feirinha de natal, assim como várias outras cidades da Alemanha. Paramos por lá após a visita ao museu para comer Currywurst e curtir um pouco do “clima natalino de Meißen”.


 Minha família chilena!

IDO Tap Dance Championship – Campeonato de sapateado

Quando estava em Chicago, eu soube da existência de um campeonato internacional de sapateado que ocorria perto de Dresden todos os anos. Chegando aqui em Dresden, conheci um grupo de sapateadores liderado por Georgi Marinov, professor deles. O mesmo me contou sobre o campeonato e me perguntou se eu não tinha vontade de participar. Tendo em vista que era perto de Dresden e que nada eu perderia participando do tal campeonato, resolvi me inscrever como “Brasil” no campeonato – o único, e segundo o diretor do evento, o primeiro da história. Bom, preparei uma coreografiazinha estilo Brasil, ensaiei algumas vezes na sala de aula e as outras no meu apartamento, de meias. Eu sabia que as condições não estavam favoráveis para vencer nada, então encarei tudo isso como uma experiência pessoal e como uma oportunidade de me divertir e conhecer novas pessoas. A apresentação aconteceu numa sexta-feira de manhã, onde quase madruguei para chegar no horário. Foram alguns minutos no palco que foram divertidos. A apresentação não foi boa o suficiente para que eu obtivesse uma classificação para a próxima etapa, mas devo confessar que, apesar de ser uma pequena frustração, trouxe muitas coisas legais pra mim. 

A turma de sapateado (die Knallschuhe) de Dresden foi me assistir naquele dia, e eles fizeram um tipo de “pom-pom” com as cores do Brasil para torcer por mim. Ainda me presentearam com um cartaz e com um pacote de chocolates com um cartão. Os amigos do Canadá, além de me receberem no palco com calorosos aplausos, ainda levantaram a bandeira para mim. Conheci uma família de portugueses que moravam na África do Sul e a filha era uma sapateadora, que fizeram com que eu me sentisse mais “em casa”. O diretor do festival, o Sr. Wendt, também me recebeu de forma muito amigável. A experiência foi maravilhosa, e ainda me rendeu uma saída no jornal de Riesa, a cidade que recebeu o campeonato! A matéria fala um pouco do que eu levei para o festival e como eu fiquei sabendo dele.

Mesmo sem uma “vitória”, eu ganhei alguma coisa! Além disso, na semana seguinte, eu e os “Knallschuhe” apresentamos numa festa de Lindy Hop, e isso me deixou muito feliz, como sempre! A turma do Lindy Hop é sempre muito amigável e simpática, e acho que eles gostaram das nossas performances. Essa noite me deu saudades de toda a minha turma de sapateado de Floripa e das aventuras “Vintage” junto da Mila.

Me deram as asas e eu saí voando! :P

Der Weihnachtsmarkt

O mercado de natal de Dresden era algo que eu esperava ansioso desde que cheguei na cidade. Agora posso dizer: não foi uma espera em vão! O mercado é realmente incrível! Na realidade, vários “mercadinhos” acontecem por toda a cidade, mas o principal acontece no Altmarkt. Nos mercadinhos nós podemos ver tudo que é tipo de coisas: luzes e cores, enfeites natalinos, comidas típicas (Striezel, Currywurst, biscoitos dos mais diversos tipos, Dresdner Handbrot etc), roupas para frio, velas natalinas e muito mais. 
É engraçado ver como esses mercadinhos transformaram o cenário da cidade e tornaram os espaços com uma identidade bem diferente do que era antes. O frio deixava as coisas mais poéticas! Alguns dias nevaram e a minha reação foi um pouco ridícula, mas eu fiquei muito feliz de poder ter passado por isso. E ainda mais: sempre com uma trilha sonora natalina bem bonita.

Weihnachtsmarkt passa a ser ponto de encontro do pessoal de Dresden. Foi uma programação minha com os “Knallschuhe”, após uma de nossas aulas. Também recebi visitas especialmente destinadas ao mercado. Também foi a nossa programação de vários dias, minha e da nova amiga de Floripa, a Carem.

No meio dessas visitas eu arranjei um tempinho para entrar na “Oficina de Velas” e decorei as minhas próprias velinhas de natal. Eu, particularmente, fiquei muito satisfeito com elas. Ainda fiz um amigo lá, que fez uma vela e me deu de presente de natal! Acho o espírito natalino uma coisa realmente linda e contagiante. E... divertida!


 Essa é a Carem, também de Floripa. Somos quase vizinhos, ela é prima das minhas amigas e mesmo assim tivemos que cruzar o Atlântico para nos conhecermos.

Patinação no Gelo

Fui convidado para ir patinar no gelo pelos “Knallschuhe” e posso dizer que foi uma experiência no mínimo engraçada. Apesar das noções de dança, foi um trabalho para eu começar a deslizar com aqueles sapatos. Aliás, deslizar era fácil, o problema era ficar de pé! No início foi um verdadeiro desastre, mas aos poucos fui pegando o jeito e consegui dar umas corridinhas. É uma questão de ir adquirindo confiança. Eu achei muito legal, pois é uma coisa bem comum aqui. Quero dizer, os alunos podem fazer isso como esporte nas escolas! Bom, continuarei treinando agora durante o inverno e se as coisas melhorarem, eu prometo colocar um vídeo especial para vocês!

Acho que por hoje é isso. Agora, que as coisas parecem finalmente ter se ajeitado, posso confessar que não foi fácil. Os primeiros quatro meses, apesar de bem divertidos e cheios de experiências legais, foram bem penosos até que eu me adaptasse à cultura daqui e que eu me acostumasse não estar mais tão perto das pessoas que eu gosto.

O que vocês têm achado do blog? Eu quero saber a opinião de vocês! Teçam os seus comentários, escrevam para mim, vamos manter contato! Não sei se consta aqui no blog, mas meu e-mail é fernandoflesch@yahoo.com.br – apesar de que eu creio que a maioria de vocês já sabe disso!

Um beijo grande e um abraço apertado a todos, junto com os meus votos de um Feliz Natal e um excelente ano de 2015!

Comemorando os 21 anos e mais umas coisinhas

Olá amiguinhos!

A promessa de maior frequência não foi cumprida. Entretanto, devo dizer que fiz uma publicação com um intervalo de tempo menor do que a última! :)

Vamos ao que interessa

O meu aniversário - continuação

Bom, talvez alguns de vocês tenham visto as fotos que publiquei vagamente em algumas redes sociais por aí. Para outros eu contei como foi o dia. Agora vou resumi-lo de forma bem prática e didática aqui.
O dia do meu aniversário, além de ensolarado, como sempre, foi dia de apresentação de trabalho na universidade. Apresentei à sala e à professora a minha intervenção urbana feita em uma das ruas de Dresden, que na verdade foi uma pequena performance de sapateado. Também tive que apresentar outro trabalho de "Baukonstruktion", que era um projeto de torre composta por pequenos tijolinhos não-convencionais. O maior problema é que eu tinha agendado a comemoração do meu aniversário para umas 18h e as apresentações dos trabalhos atrasaram muito. 

Ou seja, ao terminar os trabalhos, voltei correndo para o meu dormitório, arrumei tudo correndo e fui para a casa dos meus amigos do Chile Claudio e Melissa. Eles cederam o espaço do apartamento deles, que é maior que o meu, para fazer a festinha e convidar as pessoas que eu quisesse. Assim eu fiz: os convidados se basearam basicamente em: todos os amigos chilenos e o suíço. Como se não bastasse o casal me ceder o espaço, eles ainda me presentearam com um caderninho feito a mão por eles, com o meu pokémon favorito na capa! Eles também fizeram, junto das outras chilenas Xaviera e Nerea, um bolo recheado com doce de leite que ficou simplesmente sem descrição (ficou muito bom). A festinha foi bem legal, eu fiquei muito feliz em poder comemorar com novos amigos, mas confesso que senti muitas saudades dos meus amigos do Brasil. Pela primeira vez eu fui para um dia de aula e ninguém me desejou parabéns (exceto o Filipe, que também é do Brasil e sabia do meu aniversário). Mas eu resolvi deixar assim, afinal de contas, pelo menos uma vez na vida eu tinha que passar por isso!

Altas emoções no dia do aniversário e eu voltei para casa realizado, com um belo dia na memória. Dia seguinte fui comemorá-lo novamente com a minha amiga, a amiga da minha amiga e a amiga da amiga da minha amiga. Vamos situar um pouco: o nome da minha amiga é Steffi. Ela é alemã e quer aprender Português para viajar para o Brasil. Como eu sou brasileiro querendo falar Alemão, a gente se encontra algumas vezes para trocar informações! Ela tem uma amiga que se chama Corinna. Na verdade, a Corinna acho que não quer aprender Português, mas quer ir para o Brasil e gosta de ir nos nossos encontros de estudos. Neste dia, a Corinna levou a sua Mitbewohnerin, ou seja, uma menina que divide o quarto/apartamento com ela. O nome dessa menina é Carem, ela mora em Florianópolis e ela vem a ser prima da Ju e da Sa, duas amigas minhas de lá. 

Nota 1: eu e a Steffi nos conhecemos pela internet. 
Nota 2: eu não conhecia a Carem. 
Nota 3: o mundo é, de fato, muito pequeno. 

Nesse dia, a Steffi fez uma pizza vegetariana para comemorarmos o meu aniversário. Fazia um bom tempo que não comia uma pizza tão boa! Mais uma coisa que fez o meu aniversário ficar mais bacana ainda.





Berlim - Revisitada

Domingo, dia 9 de novembro, a Alemanha comemorou os 25 anos da queda do Muro de Berlim. A cidade estava em festa, cheia de turistas, inclusive eu. Foi a oportunidade para eu me encontrar com o Yuri e com o Barbosa, que também foi conferir as comemorações. Foi também oportunidade para visitar a Ana e o Bernd, pois a Carol estava na casa do pai. 







Vários balões luminosos foram implantados no percurso por onde passava o muro. Eles causaram um efeito bem bonito, que deixou as pessoas super entusiasmadas. Inclusive, gostei muito do desenho que eles formaram na região dos Ministérios, onde a luz ficou refletida no rio. No meio dessa bagunça toda eu ainda encontrei um repórter da Rede Globo, mas ele não quis muito papo comigo, então o azar é o dele. :P 





Ah, é claro. Como vocês puderam ver, cortei os cabelos. Ele voltou a ser mais ou menos o estilo que sempre foi antes de eu raspá-lo ou de deixá-lo crescer, o que me deixou mais aliviado e contente com ele. Em Berlin, ainda fomos assistir a um concerto na Phillarmonie, como vocês podem conferir na foto. 

Ela é incrívelmente grande!!! E o grande ponto é que, em qualquer lugar que a pessoa sente, ela pode ver o centro muito bem. - Atenção ao aviso de proibido tirar fotos. :P
















Paris

Eu resolvi me dar um presente de aniversário, e este foi uma ida até Paris! Aproveitei um feriado daqui da Saxônia para viajar para a França sem perder aulas. Posso dizer que valeu o investimento e foi um dos melhores presentes que eu poderia ter me dado! Paris se apresentou uma cidade incrível para mim. Confesso que meus pensamentos não abrigavam tantas coisas além da Torre Eiffel, que eu sempre quis visitar desde pequeno. Quero dizer, a cidade tem muito a mostrar. É claro que quatro dias não foram suficientes para conhecer todos aqueles pontos turísticos, mas posso dizer que foram incríveis e valeram muito a pena, e deu para conhecer um monte de coisas!
Fui recebido e alojado pelo meu querido primo que lá mora, o Yannik. Não só me hospedar, ele ainda fez um tour completo pela cidade, tanto noturno quanto diurno! Visitamos a Catedral de Notre Dame, passamos pelo Museu do Louvre de noite, passeamos pelos Champs-Elysées e pela feirinha de natal que acontecia próxima à Praça da Concórdia, fomos até o Arco do Triunfo, Jardim do Luxemburgo, Centre Pompidou, visitamos o museu Cité de l'architecture et du patrimoine, andamos, andamos e andamos muito! Ah, e é claro, fomos até a Torre Eiffel. Não poderia deixar o meu sonho de infância para trás! O tempo não ajudou muito, na verdade os quatro dias foram bem chuvosos, mas nada que estragou a alegria de conhecer a cidade. Só não deu pra subir na torre (ainda!).
Bom, agora saindo um pouco daquela listinha de coisas turísticas que todo mundo faz e entrando numa listinha de coisas que eu fiz e achei muito legal: eu comi um algodão-doce gigante de baixo da Torre Eiffel, eu tomei um sorvete muito bom andando no frio e na chuva, eu entrei na igreja (do corcunda) de Notre Dame, eu andei de metrô e ouvi gente cantando em francês nele, eu entrei numa loja nerd incrível e quis comprar tudo que tinha lá dentro, eu comi croissant, crepe francês e batatinhas francesas na feira de natal, eu vi muita gente andando com uma baguete debaixo do braço e eu andei pelo meio de uma real feirinha de rua de Paris! Tipo de coisas que a gente acha o máximo quando a gente viaja (e que realmente são!).

Também é bom mencionar que não só visitei o Louvre por fora à noite. Tirei um dia para circular dentro do museu e ver aquelas obras clássicas, tipo a estátua da Vênus de Milo, a Monalisa etc., além de várias outras obras. E nessa visita, cheguei a uma conclusão incrível: precisa-se de umas 10 visitas ao Louvre para se ver tudo que há lá dentro com atenção, e corre-se o risco de ser pouco! A minha visita foi acompanhada da Monique, minha colega de Arquitetura da UFSC. Nos encontramos da forma mais aleatória possível, mas foi bem divertido, com direito a um passeio na chuva e de roda gigante ao fim. Deu para matar um pouco das saudades da UFSC (acreditem, dá saudades... mas só das coisas boas).

Jardim de Luxemburgo















Eu e minha ideia genial de por a cabeça entre as pirâmides :P

Eu, meu primo Yannik e o algodão doce mais monstro que eu já comi :D













Os Jogos do Dynamo

Alguns dos encontros com a Steffi foram no estádio do Dynamo. Ela é torcedora do time de Dresden e eu achei que a ideia de ir ao jogo aqui poderia ser bem divertida. Já fui assistir a dois jogos do Dynamo: ambos foram empate. 

Dynamo Dresden 0 X 0 Fortuna Köln - sem grandes emoções

Essa é a Steffi, minha Tandem Partner :) - Ela quer aprender Português e eu Alemão, e por isso a gente se reúne e troca ideias etc.









Dynamo Dresden 1 X 1 Borussia Dortmund II - foi muito triste e bem frio. O Dynamo fez um gol nos primeiros 10 minutos. Tudo ia bem até os acréscimos do segundo tempo, quando o Borussia fez um gol e empatou. Tragédia!

Essa é a Corinna, amiga da Steffi. Quase sempre está nos nossos encontros também, já já estará falando Português :)










Bom, ao menos foi bem legal. Eu, pelo menos, achei um barato, comi pão com linguiça, mostarda e ketchup, aquelas coisas bem alemãs.

Expectativas para o Dresdner Striezelmarkt

O Natal está chegando e nada faz sentido na minha cabeça, porque Natal, para mim, é

aquele calorão de 30ºC, praia/piscina no dia seguinte e dormir de ventilador ou ar-condicionado no máximo. Dessa vez as coisas vão ser diferentes, pois aqui está cada dia mais frio e mais escuro. Mas as pequenas luzes de Natal deixam as coisas como num filme desses dos Estados Unidos: tudo mágico! O grande agito aqui de Dresden é o Striezelmarkt (ou Weihnachtsmarkt), que é basicamente a Feira de Natal deles, bem conhecida em todo o mundo. A montagem dela já começou e ela começa a funcionar de fato no dia 27 de novembro. Até lá eu deixo vocês com algumas fotos do que já temos. 

Acho emocionante este clima natalino. Ainda mais com esse friozinho! 













Acho que por enquanto é isso. Trago mais novidades quando elas forem chegando. Ainda quero fazer uma publicação especial às coisas que me chamaram atenção especificamente aqui da cidade. Coisas pequenas, mas que são bem legais de se compartilhar. Por favor, deixem seus comentários! Pode ser diretamente para mim ou aqui no blog mesmo.

Beijos, abraços e muita paz a todos vocês!

Colônia e uma comemoração de aniversário

Olá amiguinhos!

A jornada continua – o fato de eu ter demorado para escrever mais é, na verdade, sinônimo de preguiça! Na verdade, muitas vezes chego em casa cansado e por isso acabo que nem tenho muita disposição para escrever. Mas acho que chegou a hora de tomar vergonha na cara e retomar as atividades.

Köln

Mais um local da Alemanha foi (re)visitado. No feriado do dia 3 de outubro (reunificação da Alemanha), eu e Yuri fomos visitar nosso caro Barbosa. A cidade de Colônia / Köln é fascinante, com sua catedral no estilo Gótico e sua população super agitada. Alguns passeios no centro da cidade foram o nosso alvo, o que envolveu visita à Lego Store, tomar sorvete e, é claro, visitar a Catedral. Posso afirmar que Colônia é um destino que deve constar na listinha de “cidades que devemos visitar na Alemanha”. 
O que eu achei de mais interessante nesta visita foi o Jardim Botânico. São coisas que em qualquer um dos lugares que a gente visita é, teoricamente, igual. Mas eu não ligo. Foi muito legal ver aquela porção de flores e plantas bizarras ou mesmo bonitas. Comecei a pensar no quanto a Europa valoriza a vegetação, afinal de contas, durante mais ou menos 4 meses a maior parte do “verdinho” daqui simplesmente seca e dá lugar a cenários mais frios. Isso também faz com que eles valorizem os espaços abertos e os momentos em que esses podem ser usados. Praças, parques, banquinhos nas ruas ou qualquer coisa do tipo são frequentes aqui. Nós, no Brasil, temos um tempo maravilhoso e belo praticamente 12 meses por ano e não temos nem a grande valorização das nossas plantinhas, muito menos a valorização do espaço aberto. Na verdade as pessoas preferem uma programação socada dentro de um Shopping Center do que ir para uma pracinha. Parei para pensar que poderia ser porque “nós temos praias”. Mas mesmo assim, não acho interessante pegar um carro/ônibus e depois de trinta minutos estar numa praia. Acho que quando voltar ao Brasil, vou passar a valorizar mais a pracinha que tem na frente da minha casa.

Eu e meus barros, unidos, por um intercâmbio mais legal :D












HTW - Dresden

Agora vamos a uma parte especialmente dedicada àqueles que acham que “Ciências sem Fronteiras” é só farra. No final de setembro as aulas começaram na HTW-Dresden. Fui muito bem recebido pelos professores e pela comissão de alunos da escola. O curso de Arquitetura nessa escola é relativamente pequeno, mas muito organizado e de muita qualidade. Inicialmente tinha pego todas as matérias do 3º semestre, mas acabou que parei para avaliar quais seriam interessantes de cursar na Alemanha e acabei descartando algumas. De qualquer forma, isso não significa que eu deixei de ter trabalho. O que mais me impressionou foram as disciplinas de artes, com professores bem conceituados e especialistas no assunto. A língua nos impede um pouco de aproveitar 100% do conteúdo, mas vos dou certeza de que estou fazendo o máximo para absorver tudo que eu consigo.

O meu aniversário

Muitos de vocês devem saber que amanhã, quarta-feira, é um dia especial para mim! Aniversário é provavelmente a minha data favorita, porque eu realmente me sinto "super importante". Sou do tipo de pessoa que cobra parabéns até do caixa do supermercado! Pois bem, desta forma, as comemorações pelo meu aniversário começaram já neste final de semana. Seguindo a tradição alemã, não recebi votos de ninguém ainda, pois "recebê-los antes do dia do aniversário dá azar"! Agora eu aguardo ansiosamente até amanhã. Inclusive, já recebi um presente da minha família de Berlim (Ana Rosa, Bernd, Carol e Werner). Mas, da mesma forma, só posso abrí-lo no dia 29. Fico tranquilo ao ver que faltam apenas 58 minutinhos! Ainda tenho 20 aninhos, provavelmente este é o último texto que escrevo com essa idade! :D


Minha família preparou um Fondue especial de carne para mim, coisa que eu nunca tinha comido. Eu ainda aguardo pelas fotos que estão na câmera deles, mas por sorte tirei uma com o celular, que servirá de "prévia". ~é essa ao lado~

Tá legal, tenho que confessar que um presente já recebi, mas é porque tinha que acontecer naquele dia! O Yuri me pagou uma subida na torre da televisão (Fernseher Turm). Acho que foi um passeio muito divertido, que incluiu em comer um Burger King, alimentar os passarinhos, tirar foto com um fantoche gigante da torre (sério, isso existe), verificar uma intervenção zumbi perto de umas ruínas de uma igreja, brincar em objetos giratórios e cama elástica instaladas no meio da praça dentre outras coisas. Eu tenho que admitir que foi um dos melhores presentes que já recebi! Foi ao menos muito muito divertido! Obrigado Yuri! 

 Sim, é um fantoche da torre. Sim, ele existe. Sim, eu tirei foto e... não, não tive medo dele!

Ahá! Um lanchinho no Burger King, para nós e para uma gangue de passarinhos que estava por perto! 80% do lanche foi nosso, 20% foi dos passarinhos.

Eu só queria fazer uma publicação assim, para dar um pequeno sinal de vida, já que fazia tanto temo que eu não publicava. Eu estou bem ansioso para saber como o dia de amanhã se desenrolará! Por este motivo, creio que teremos mais uma publicação ainda esta semana, ou realmente em breve. E prometo que farei publicações com mais frequência.

Beijos, abraços e sons agradáveis a todos vocês!

Fernando Flesch

Os animais e a capital alemã

Olá amiguinhos!

Devo começar esta publicação sendo extremamente grato - thankful - dankbar - pelo resultado deste blog nesse primeiro período. Foram quase 400 visualizações só na primeira semana, sem contar com todas as mensagens que recebi dos meus amigos. Gente que estava tão concentrada, lendo o blog no ônibus, que quase perdeu o ponto de descida, ou que terminou de ler e queria que tivesse mais texto, ou que se emocionaram ao ler. Ainda recebi também mensagens de "apoio e força", que são sempre muito bem vindos quando estamos longe das pessoas que gostamos. Muito bem, tudo isso me deixa mais e mais empolgado para continuar escrevendo! :)

Bom, como prometido, vamos começar com...

UM DIA NO ZOOLÓGICO DE DRESDEN

Simplesmente fantástico. Acho que a última vez que eu tinha ido a um zoológico foi em 2003, e foi em Brusque. Dessa vez eu, Barbosa e Yuri visitamos o Zoo de Dresden, e que emoção! Nunca fui pensar que eu fosse ficar tão fascinado em ver uns bichinhos. Acreditem em mim: visitar um zoológico é muito legal. O cheirinho específico de animais é compensado pela alegria em ver vários seres que são do nosso mesmo reino.

Acho que os animais que mais me fascinaram foram as Girafas, os Flamingos e a Avestruz. Bom, eu tirei uma foto com cada um deles, mas a maior parte ficou na câmera do Yuri, inacessível agora. De qualquer forma vocês podem vê-los solo.

Oh Deus... Eles são lindos. E devo mencionar que eu me lembrei da Marcella, é claro.

Eu não sei o que posso comentar dessa foto. HEH ~

BERLIM

A capital alemã fica um pouco mais ao norte da cidade de Dresden e, só nesse mês e meio, já foi meu destino por três vezes. Duas vezes para visitar parte da minha família que mora lá, a outra vez foi para "turistar" com os meus camaradas Barbosa e Yuri. Berlim, além de ter sido capital do Reino da Prússia e do Império Alemão, foi palco da Segunda Guerra Mundial e mais tarde veio a ser, provavelmente, um dos maiores símbolos da Guerra Fria, pois a cidade foi dividida em "Berlim Oriental" (parte socialista) e "Berlim Ocidental" (parte capitalista). Berlim Ocidental, na verdade, era isolada pelo famoso "muro de Berlim", o que fazia com que ela fosse uma "ilha-vitrine" no meio da Alemanha Oriental. Por este motivo, Berlim sempre foi uma cidade relativamente barata a fim de atrair moradores e consumo. 

Bom, História não é o meu forte. Vou contar mais as minhas impressões da cidade. Para mim, Berlim não tem cara de capital. É uma cidade bem planejada, cresceu de forma horizontal e não tem grandes arranha-céus. Devo mencionar também que é uma cidade muito verde, porque pelo que eu ouvi dizer, como não era possível simplesmente pegar um carro e ir ao campo ou à praia no feriado, a parte ocidental teve que investir em praças e coisas do tipo. Calçadas largas, árvores, barzinhos com as mesinhas nas ruas ilustram a cidade. Sabe todo aquele "centro de cidade" que idealizávamos em Urbanismo I? Tudo isso encontramos em Berlim. Se formos falar de transporte público então, uma eficiência sem tamanho.

Eu, Barbosa e Yuri ficamos hospedados no Kufürstendamm, num hostel que tinha lá. Bom, começamos visitando o Potsdamer Platz e sua incrível estrutura de cobertura apoiada sobre os prédios, pois além desta já ter sido inspiração para um trabalho da faculdade, o Barbosa precisava comprar um cartão de memória, daí fomos logo na Sony Center para comprar com dignidade.

Logo em seguida, passamos no famoso Portão de Brandemburgo, e então a palhaçada começou (olhar as fotos). Não é por nada não, mas eu gosto de virar de ponta cabeça nesses lugares. Quem precisa de uma foto convencional, quando se pode tirar uma de ponta cabeça? De qualquer forma, vou alternar um pouco das poses, pra não ficar sempre igual! 

E essa é a hora que nós damos um abraço no Portão de Brandemburgo!

Visitamos também o Monumento ao Holocausto, bem perto do portão. Foi uma experiência bem interessante. Eu já tinha ouvido falar sobre, mas estar lá e andar por lá foi muito legal. A medida que vamos "entrando" entre os blocos, vamos sendo isolados da cidade, tanto visual quanto sonoramente. 

Engraçado era fixarmos o olhar em uma direção e irmos andando perpendicularmente a ela: cada espaço que enxergávamos, víamos um evento diferente acontecer. Fizemos um pequeno vídeo disso, assim que eu conseguir, irei publicá-lo. Pelo que eu entendi, a ideia do projeto é trazer um desconforto ou uma confusão a quem passa por ali. Eu não sei se desconforto ou confusão são as palavras certas para descrever o que eu senti, mas eu achei um barato.

~~Aqueles misteriozinhos...

Paramos também à frente do Reichstag e ficamos algum tempo ali, curtindo o solzinho e de olho nas pessoas que, assim como nós, estavam jogadas num gramado imenso: brincando, comendo, namorando, tirando fotos ou qualquer coisa do tipo. 

Também foram destinos de visita a Torre da Televisão (apenas por fora) e a Catedral de Berlim (Berliner Dom). Nesta última, também nos pusemos no gramado e ficamos por lá mais um tempo. Ainda tivemos a sorte (pelo menos eu acho super legal) de ouvir os sinos tocarem por um longo intervalo de tempo.

Essa é para vocês verem que ainda não está na época do rabinho, mas em breve ele volta a se apresentar!

De forma geral, acho que Berlim me apresenta sempre um clima agradável, talvez porque já tenha passado um tempo lá antes. Enfim, aproveito e apresento a vocês, a minha família alemã!

Ana Rosa, Bernd e Carolina. A Carol muitos dos meus amigos já conhecem. A Ana Rosa é sua mãe e vem a ser também prima da minha mãe (filha dos meus tios Altair e Zulma, esta que é irmã da minha avó Silvia). Eles me recebem muito bem na casa deles, servem sempre um jantar de primeira ordem e ainda me dão o carinho de família que eu tanto sinto falta! Estar com eles é se sentir em casa, mesmo que eu esteja a mais ou menos dez mil quilômetros de Florianópolis. A última vez que estive com eles foi também para a primeira grande experiência de sapateado aqui na Europa: workshop com Thomas Wadelton, da Austrália. Ocorreu em Berlim, onde fui muito bem recebido por Anina Krüger e todo o seu grupo de sapateadores. Como nós comentamos lá, a gente pode não falar a mesma língua, mas os nossos pés falam por nós!

Amigos, as coisas aqui estão caminhando bem. O primeiro dia de outono já foi digno de um inverno florianopolitano. Eu sei que demorei para atualizar o blog, mas é que o cursinho intensivo de Alemão está nos seus últimos dias e eu tenho que me empenhar para poder desempenhar o idioma com um nível aceitável! Muito obrigado por todas as mensagens e comentários, peço para que continuem fazendo isso quando quiserem, pois isso realmente me incentiva a continuar escrevendo!

Antes que eu me despeça, alerto que voltarei um pouco mais gordinho.

Meus beijos, abraços e ritmos a todos vocês!

Fernando Flesch