Olá amiguinhos!
Alguns de vocês devem ter percebido um certo tempo sem
novas atualizações. Outros nem devem ter percebido. Mas a verdade é que eu
demorei mais do que o normal mesmo. Isso deveria ser bom, não? Significa que eu
estou cheio de coisas para fazer!
Tá legal, vamos dar uma atualizada “geral”.
Natal e Ano Novo – Berlin
Minha colaboração com a árvore de natal: comprei este pequeno amigo na feira de natal de Dresden.
Meu Natal e Ano novo foram muito bons e sem dúvidas
totalmente diferentes do que sempre foi, a começar pelo clima. Pela primeira
vez na vida, passei o natal no frio (quase que com neve), e posso vos afirmar
que Natal combina muito com o clima frio. Não que o nosso natal no calor seja
chato (eu acho muito legal por sinal), é só que o clima natalino parece que faz
mais sentido no frio. Passei na casa da minha família aqui da Alemanha (Ana,
Carol, Bernd – com a companhia do Werner). Fomos a um culto numa igrejinha onde
as crianças fizeram uma encenação do Auto de Natal. Foi um pouco difícil de
entender, porque o pequeno detalhe é que era em Alemão, mas várias canções
foram cantadas (também todas em Alemão) e no final uma chama foi espalhada por
várias velinhas distribuídas para os visitantes. A igreja ficou totalmente em
luzinhas, as das velas junto daquelas que enfeitavam as árvores de Natal. E lá
fora: frio. Foi um momento que me lembrei muito do meu avô Victor, pois sei que
ele iria gostar disso tudo.
Chegamos em casa, arrumamos o pinheiro e cantamos mais
algumas músicas de natal. Abrimos os presentes e jantamos mais tarde – fondue
de carne! Minha cabeça ficara meio zonza com hábitos diferentes, clima
diferente, a ausência da minha mãe dentre outras coisas. Mas sem dúvidas, foi
uma experiência muito boa e única!
Do dia 26 ao dia 29, mais ou menos, tivemos neve e mais
neve! Eu, Yuri e Barbosa nos reunimos para uma guerrinha amigável de neve, bem
como fazer anjinhos de neve e construir o nosso próprio boneco de neve! Acho
que foi um momento emocionante para nós, brasileiros, que não temos contato o
tempo todo com a neve. Digamos que, para nós, daqueles lados do sul, neve em
São Joaquim (ou mais recentemente, na Palhoça) é motivo de farra e festa, mesmo
que por alguns minutos.
Eis o nosso boneco de neve!
Já sobre o ano novo posso dizer que é mais legal, mais emocionante e mais divertido no clima quente. Roupas brancas, praia, show de fogos de 20 ou 30min e ninguém precisa passar frio, todo mundo suado e melado de champagne. E quem não gosta disso, pode ficar de boa em casa assistindo pela TV. Aqui, o frio era grande – mesmo que dias atrás fosse pior. Os alemães têm o estranho hábito de soltar muitos fogos e rojões nas ruas. Muitos. Eu andava na rua com cuidado para não ser atingido por algum ou simplesmente evitando levar sustos. Saí do Charlottenburg até o Tiergarten/Portão de Brandemburgo: isso significa mais ou menos 1h15min de caminhada. Lá teria o show de fogos, e eu, teoricamente, encontraria com o Yuri e o Barbosa. Em casa, eu fiz um chá e coloquei dentro de uma garrafa térmica com o intuito de me esquentar, mas eis que, ao chegar na rua do Tiergarten, os seguranças pediram para que eu jogasse FORA a garrafa térmica (que nem era minha, por sinal!). Pela primeira vez na vida, e eu espero que única, eu driblei os seguranças e entrei com a minha garrafa de chá escondida entre os muitos casacos que eu vestia. Passados 15 minutos desse drible, descobri que os portões da rua foram fechados e que o Yuri e o Barbosa ficaram do outro lado da barreira. Bom, confesso que nesse momento eu só esperava ver os fogos e que o ano passasse logo, e acabei deixando meus amigos do outro lado e fiquei esperando a virada (desculpem-me, barros!). Também, eles não perderam muita coisa. Os fogos devem ter sido por 10 minutos, todo mundo viu e foi embora porque estava absurdamente frio. Foi a minha primeira (e acredito que será a única) virada do ano sozinho, e eu achei que foi uma experiência bem interessante!
Já sobre o ano novo posso dizer que é mais legal, mais emocionante e mais divertido no clima quente. Roupas brancas, praia, show de fogos de 20 ou 30min e ninguém precisa passar frio, todo mundo suado e melado de champagne. E quem não gosta disso, pode ficar de boa em casa assistindo pela TV. Aqui, o frio era grande – mesmo que dias atrás fosse pior. Os alemães têm o estranho hábito de soltar muitos fogos e rojões nas ruas. Muitos. Eu andava na rua com cuidado para não ser atingido por algum ou simplesmente evitando levar sustos. Saí do Charlottenburg até o Tiergarten/Portão de Brandemburgo: isso significa mais ou menos 1h15min de caminhada. Lá teria o show de fogos, e eu, teoricamente, encontraria com o Yuri e o Barbosa. Em casa, eu fiz um chá e coloquei dentro de uma garrafa térmica com o intuito de me esquentar, mas eis que, ao chegar na rua do Tiergarten, os seguranças pediram para que eu jogasse FORA a garrafa térmica (que nem era minha, por sinal!). Pela primeira vez na vida, e eu espero que única, eu driblei os seguranças e entrei com a minha garrafa de chá escondida entre os muitos casacos que eu vestia. Passados 15 minutos desse drible, descobri que os portões da rua foram fechados e que o Yuri e o Barbosa ficaram do outro lado da barreira. Bom, confesso que nesse momento eu só esperava ver os fogos e que o ano passasse logo, e acabei deixando meus amigos do outro lado e fiquei esperando a virada (desculpem-me, barros!). Também, eles não perderam muita coisa. Os fogos devem ter sido por 10 minutos, todo mundo viu e foi embora porque estava absurdamente frio. Foi a minha primeira (e acredito que será a única) virada do ano sozinho, e eu achei que foi uma experiência bem interessante!
Cenas pós-virada de ano novo! Uma das primeiras fotos de 2015.
Eu e minha querida Heloísa. Ela estava viajando pela Alemanha, veio visitar seu irmão e eu tive o prazer de encontrá-la em Berlin, em frente ao Schloß Charlottenburg. Encontrar os amigos e matar as saudades é, sem dúvidas, um dos melhores sentimentos do mundo.
De volta a Dresden
O retorno a Dresden se deu logo nos primeiros dias de
janeiro, pois aqui as férias são de duas semanas, cobrindo Natal e Ano Novo, e
logo em seguida as aulas voltam. Agora estamos entrando na fase de provas e
isso me deixa um pouco tenso. Já fiz duas das provas e aguardo ainda o
resultado. Já apresentei um trabalho e fui aprovado na matéria de “Composição e
Experimento Artístico”! A minha nota foi 1,7, onde o máximo é 1. Ao longo do
semestre trabalhamos na composição de duas esculturas e fizemos um desenho de
perspectiva. O professor disse que meu desenho de perspectiva não tinha nada de
especial, mas que as minhas esculturas eram muito interessantes e bem
trabalhadas. Bom, aí vão algumas imagens onde vocês podem conferir e tirar suas
próprias conclusões (exceto do desenho, porque eu realmente acho que ele não
ficou grandes coisas!).
Esse ano eu comecei com o projeto de aprender Lindy Hop –
Swing Dance. Para aqueles que não conhecem, aconselho uma procurada rápida no
youtube, vocês não vão se arrepender! Aqui em Dresden tem um grupo bem legal e
eles apresentam volta e meia. Perguntei pra eles sobre aulas e nesse mês de
janeiro eles começaram uma nova turma. Eis que fiz algumas aulas e já posso
fazer meia dúzia de passos. Acho que pra quem faz sapateado as coisas ficam
mais fáceis. O desafio é, na verdade, termos consciência do resto do nosso
corpo: tronco e braços. Mas, o mais legal e importante é que está sendo
divertido :D
Meus pais em Dresden
A chegada dos meus pais e todos os preparativos para a tal
foram motivos que também contribuíram para a minha ausência aqui. Passamos os
primeiros dias em Berlim, pois eles chegaram lá, e visitamos o Neues Museum, a
exposição da escola de arquitetura russa/soviética Vchutemas e os pontos
turísticos de sempre. Já desbravamos também a cidade de Dresden (eu, pela
enésima vez), mas confesso que a cada vez que ando por ela, descubro uma coisa
nova, descubro um canto novo, e isso é fantástico! Eu fico imaginando se terei
a mesma disposição de desbravar lugares em Florianópolis – apesar de parecer
que já conheço cada pombo por nome e sobrenome.
Uma das visitas que fizemos foi ao castelo de Moritzburg,
que fica aqui na região de Dresden. O passeio se deu junto ao meu colega de
classe brasileiro e amigo Filipe. O dia estava bem frio, mas deu pra sentir o
lugar e ver que ele é muito bonito e parece bem agradável para praticar
esportes ou para lazer em geral – especialmente no verão.
Visitamos também o Museu Militar que fica aqui na cidade –
coisa que até então não tinha feito. É incrível como a Alemanha tem todo um
cuidado e uma valorização com museus e a transmissão do conhecimento. É claro
que história militar é um assunto que o país domina muito bem, mas não me
refiro só a este museu, como o próprio Neues Museum em Berlim ou todos os
outros que andei visitando por aqui.
Esse foi um dia um tanto especial! Eu, pai, mãe e Yuri resolvemos fazer um lanche da tarde num lugar meio "Underground", que oferece o melhor hambúrguer de Berlim.
Eu e mãe no Großer Garten, aqui em Dresden. Não foi muita, mas tivemos a sorte de pegar alguns dias nevados para deixar as coisas mais poéticas.
Ali pelo meio deste mês, a mãe e o pai voltaram para o Brasil. Por alguns momentos, eu quis voltar junto. Eu e o Bernd fomos levá-los no aeroporto de Berlim. Passamos um tempinho ali tentando ver o avião decolar. Passados cinco minutos da decolagem deles, eu voltei à realidade do intercâmbio como quem cai de uma árvore. Novamente, eu por mim mesmo. Mas dessa vez bem feliz por poder ter mostrado tudo que eu aprendi para eles (como um bom filho.. heheh). Nos dias que seguiram, a saudade apertou. Pareceu que voltou mais forte, mas temos que lidar com esse tipo de coisa.
Um beijo grande e um abraço a todos